sábado, 12 de junho de 2021

AFONSO LOPES RIBEIRO

 



 

       Nascido em Macau no dia 22/11/1883, era filho de um industrial salineiro e major da guarda nacional, Manoel Lopes Ribeiro, sua mãe foi Antonia Lopes Ribeiro.Segundo Gurgel [ 2002, p. 178 ] era inteligentíssimo, porém, com um temperamento imprevisível. Como padre assumiu as paróquias de Areia Branca de 1918 a 1922.tinha um excelente dom para a oratória.

Valendo-se de sua inteligência e inspiração poética compôs marchinhas de carnaval e jornadas para o pastoril.

         Foi vigário de Taipu em 1926, entre 1927 e 1929 esteve na paróquia de São Gonçalo.Transferiu-se por vontade própria para São  Paulo  e depois na diocese Ribeirão Preto a fim de procurar tratamento para a saúde debilitada.

          Morreu  em 10/07/1937 aos 54 anos e 31 de vida sacerdotal.

       Segundo Câmara Cascudo o padre Afonso foi suspenso de ordens em 1912 por ter dado uma resposta intempestiva ao bispo de Natal num encontro do clero em Ponta Negra, a suspensão foi por 6 anos, período no qual o padre ficou lecionando em escolas de Natal.Terminada a suspensão foi nomeado vigário de Areia Branca.Naqueles confins do Rio Grande do Norte o padre aprontou tantas outras na pequena vila.Conquistou a admiração da população pelo seu carisma e assim se viu envolvido em muitas historias cercada de irreverência e até mesmo de violência segundo afirma Gurgel [ 2002, p.178 ].

        Foi o padre Afonso Lopes Ribeiro quem escreveu o poema ‘o luar de Taipu’ assim também como os hinos da padroeira Nossa Senhora do Livramento no curto período de tempo em que esteve a frente da paróquia de Taipu.

           Eis a baixo o poema Luar de Taipu e os hinos de Nossa Senhora do Livramento, padroeira de Taipu, de autoria do padre Afonso Lopes Ribeiro.

 

 

LUAR DE TAIPU

Nesta hora cantam as aves

E o nosso peito se agita

Quanta inspiração palpita

Desde as flores ao bambu

A natureza desperta

E as virgens cantam sonhando

Por entre risos saudando

O luar de Taipu

Oh lua! Quando apareces

Com raios do sol dourado

Toda chique embalsamada

Nos cumes dos verdes montes

Faz nos lembrar com saudade

Da vida dos tempos primeiros

Quando alegre e prazenteiro

Seus raios beijavam a fonte

Bendita seja mil vezes

Lua de um céu prateada

Lua de amor engastada

Num diadema de luz

Astro famoso

Será uma jaça em punjança

O sol da nossa esperança

Na terra de Santa Cruz.

 

 

HINO OFICIAL DE NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO

As nossas almas vêm pressurosas

Cheias de doce contentamento

Do seu afeto trazem-vos rosas

Ó Virgem do Livramento.

 

Do céu sois formosa aurora

Dos que sofrem sois o alento

Sois nossa Mãe e Senhora

Ó Virgem do Livramento.

 

Nos sofrimentos de nossos dias

Vós sois um astro fulgente e santo

Dourando a terra das alegrias

Calmando a mágoa do nosso pranto.

 

As alegrias de nossas vidas

Nascer sentimos no coração

A Vós elevamos ó Mãe querida

Os vossos hinos de gratidão.

 

Por vossa graça e saudade imensa

Aceita hoje, Mãe do Senhor.

Os lírios brancos de nossa crença

As rosas rubras de nosso amor.

 

Não há menção à cidade de Taipu, sede da paróquia, somente se canta à Virgem.

 

HINO POPULAR DE NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO

 

Nossa Senhora / Mais bela rosa /

Que Deus conserva/ em seus rosais/

mandai a terra / de paz sequiosa /

as vossas bênçãos / cheias de paz.

 

Glória, glória a Virgem pura / sol de augusta claridade/

Glória à Mãe do livramento/ padroeira da cidade.

 

 

 

Nossa Senhora/ manhã sagrada /

que surge sempre para Jesus/

a nossa vida / noite cerrada /

as vossas bênçãos cheias de luz.

 

Nossa Senhora/templo precioso

Da nossa crença, / branca sem véu

As nossas almas/ tristes sem pouso

Abri as portas /de ouro dos céus

FONTE – CRONICAS TAIPUENSES

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